Aos nossos seguidores também acontecem coisas! #1

11:00 Melissa 20 Comments

O David Sineiro foi um fofinho e enviou-nos a primeiríssima história desta rúbrica.
Acho que começámos muito bem, mas tirem as vossas próximas conclusões.


"Ora bem, como as pessoas mais atentas ao que se escreve neste blogue já sabem eu sou fotógrafo e portanto ando sempre carregado com material.
Certo dia, estava a fazer uma sessão fotográfica numa praia e terminadas as fotos lá, mudei-me com as duas modelos para uma casa abandona que conheço no meio de uma floresta. Ambas as raparigas (que asseguro não serem a Suse e a Melissa) estavam com medo de lá entrar, porque diziam que podia ser assombrada ou ter lá gente.
De facto, depois de entrarmos vimos vestígios de pessoas, bancos, garrafas, roupas e um colchão que eu nunca tinha visto naquele local.
Completada a sessão, deixei as moças no carro delas e fui para casa, onde tinha outra sessão de estúdio para fazer, mas ao chegar, quando retirava material do carro, lá reparei que o meu tripé estava desaparecido em combate.
Como me tinham ajudado a trazer o tripé da praia, rapidamente pensei que o teria deixado ao lado do carro e arrancado sem o arrumar. Telefonei a alguém que fosse lá confirmar, mas como ainda era longe ninguém me podia fazer esse favor.
Dito isto, e porque os tripés são caros, assim que terminei a sessão seguinte agarrei no carro e lá fui eu para a praia, já seriam 20h em horário de Inverno, numa noite sem luar.
Chegado ao local, nem sinal do meu tripé, pensei obviamente que alguém teria visto e decidido adoptar, mas aí lembrei-me que apesar de não o ter usado, levei-o para a casa abandonada com intenção de fazer lá uma fotografia em particular.
Hesitante, lá me dirigi à casa abandonada (sim, aquela que era no meio da floresta e onde havia vestígios de pessoas). Rapidamente comecei a pensar em ser assassinado por algum drogado, e arquitectei o plano de deixar o carro à entrada da floresta, podendo assim enfiltrar-me no terreno sem fazer barulho e sem ser visto. Na minha cabeça já estava o sítio exacto onde havia pousado o tripé, só precisava de lá chegar e conseguir voltar sem alertar possíveis gandulos.
Assim fiz, chegado à floresta, desliguei o carro e saí. Não havia réstia de luz à minha frente, não conseguia ver o chão onde punha os pés, muito menos o caminho sinuoso que me levaria até à casa. Apontei o telemóvel para a frente, mas de pouco servia, a escuridão parecia ser mais forte que a luz. Imaginei todos os videojogos de terror que tenho jogado durante a minha vida.
Como seria chato falecer e nunca ninguém descobrir o meu cadáver, já me tinha posto em contacto com uma das minhas colegas de trabalho e modelo que tinha estado a fotografar essa tarde. Ao menos ela sabia onde tínhamos ido e saberia alertar alguém no caso de eu ser assassinado brutalmente.
Ao telefone, lá decidi ir de carro até à casa, não me restando a alternativa de ir a pé. Cheguei ao terreno e deixei as luzes acesas enquanto rapidamente e silenciosamente me tentei infiltrar. A minha colega, como boa amiga que é, sussurrava ao meu ouvido coisas como “David vais morrer” e outros miminhos fofos de ouvir quando estamos sozinhos num sítio abandonado no meio do nada e onde pode ou não estar alguém mal-intencionado.
Lá entrei na casa e sem ouvir barulhos ou ver luzes, cheguei ao tripé, que estava exactamente onde o tinha deixado. Soube nessa altura que provavelmente estava seguro, pois se lá tivesse ido alguém, não teria ignorado um tripé caro montado no meio de uma sala. Assim sendo, mais descansado, mas ainda de pés leves, lá corri até ao carro e me pus a andar. O meu coração estava a querer sair pela boca, mas acabei por me recompor e guardar para sempre a lição.

É esta a história; sim podia ter esperado para o dia seguinte, mas era sábado e quanto mais tempo passasse, mais hipóteses haveria de perder para sempre um bom tripé que ainda por cima foi uma prenda do meu pai."


Não se esqueçam de enviar a vossa história para o nosso mail - com o assunto: a mim também me acontecem coisas - e digam-nos se querem que seja partilhada de forma anónima ou não.
Vá, não tenham vergonha!
e-mail:  dont.make.us.blush@gmail.com

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20 comentários:

  1. Eu acho que também ficava com um bocadinho de medo ahahah
    beijinhos
    http://direitoporlinhastortas-id.blogspot.com/

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  2. assustadora mas engraçada :D
    uma óptima semana :)
    beijinhos

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  3. ahahahh aconteceu-me algo parecido numa sessão fotográfica, mas juro que ia tendo um ataque cardíaco e ainda hoje não entro na casa onde fiz a sessão! Recuso-me :o
    beijinho
    http://adonadasushi.blogspot.pt

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  4. ahahahahah!!! Achava que só as mulheres que faziam estes "filmes" na cabeça! Muito bom ahahah

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  5. Que ideia tão original!
    R: pois, nós também não fazemos nada de especial, mas há quem se esmere para o dia dos namorados

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  6. Adorei :D
    Fiquei assustada só de ler!!

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  7. Ahaha muito bom.. Quero ver mais histórias destas por aqui :D.

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  8. Olá :) criei recentemente um blog e ando à busca de alguns para me integrar nesta comunidade! Gostei imenso do teu e já sigo :)) dá uma vista de olhos no meu e se gostares segue!
    Li**

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  9. Mel,... uma ótima história para inaugurar a coluna.

    Beijos e uma boa semana,
    Sheyla.
    http://blogdmulheres.blogspot.com.br/

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  10. Ótima história! Passei um bocado de medo aqui lendo... hahahah

    Beijos

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  11. hahaha, eu não sei se voltava de noite, mas o meu tripé foi barato xD

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  12. Ahahah medricas como sou acho que telefonava alguém para ir comigo buscar o tripé xD

    *Beijinhos*
    Caty<3
    http://myfairytale4.blogspot.pt/

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  13. Enquanto eu lia o post, eu pensava que lhe ia acontecer mesmo algo ahahaha xD

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